quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Profissional em processo

O post de hoje tem dupla função: divulgar o (ótimo) trabalho da cantora Roberta Sá e sua postura profissonal. No video abaixo, acho muito interessante a maneira como ela vem administrando sua carreira. Duas declarações me chamaram mais a atenção. A primeira é sua preocupação com o repertório. Apesar de também ser compositora, ela é a primeira a questionar a presença de uma música de sua autoria em um CD. O importante, segundo seu ponto de vista, é "ter a ver" com o objetivo a ser alcançado com determinado trabalho. Por fim, me interessa muito a postura (positivamente inconformista) de não achar que "chegou lá", que já é a "cantora que ela queria ser". De acordo com suas próprias palavras: "Acho que você não pode chegar em um lugar e falar agora eu cheguei. Senão, o que que tem mais, não é?"
Clique aqui e veja o video 

Se estiver com um tempo livre, aproveite para ver este video da música "Belo Estranho Dia de Amanhã" 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Economia Criativa

No museu-fazenda Inhotim está um bom exemplo do que são as possibilidades da economia criativa
(texto de Gilberto Dimenstein, de 02/08/2010) 

COMUNICADORES, artistas, educadores e acadêmicos se reuniram, no mês passado, em Brumadinho, cidade de 30 mil habitantes no interior de Minas Gerais, para discutir o futuro da transmissão do conhecimento no século 21. A escolha do lugar teve apelo simbólico: apesar de a cidade lembrar o século 19, com carroças puxadas a cavalo e gente conversando na calçada, uma inovação colocou-a nos circuitos culturais mais refinados do mundo, de Londres a Nova York, passando por Paris e Milão.
Durante os debates, o economista Claudio Moura Castro sugeriu instalar ali uma espécie de centro mundial de inovação, atraindo talentos de todo o planeta, cujas palestras seriam transmitidas em tempo real.
Brumadinho provoca tanto a imaginação porque um empresário (Bernardo Paz) transformou uma fazenda no maior museu de arte contemporânea de que se tem notícia, batizado de Inhotim.
Passa-se, em minutos, do século 19 ao 21, ao cruzar as ruas do pacato povoado interiorano até a entrada do museu-fazenda. Está ali um bom exemplo do que significam as possibilidades da economia criativa. O tema é incipiente na agenda dos candidatos, mas nele reside o futuro, a nova forma de trabalharmos, aprendermos e nos comunicarmos.
Graças ao museu, a cidade recebe milhares de turistas. Já se planeja construir um hotel, um clube, um aeroporto e uma faculdade.
Investir em museus ajudou a recuperar o ambiente de modernidade de Londres. No Reino Unido, a preocupação com a perda de empregos industriais levou à criação de um ministério para desenvolver a economia criativa, que inclui cinema, teatro, design, games, moda, software, mercado editorial etc.
O projeto foi levado tão a sério que o currículo escolar foi modificado para estimular a formação de trabalhadores mais criativos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Quase metade dos alunos brasileiros não atinge nível básico de leitura e suas consequências no mercado de trabalho

Recentemente foram examinados 470 mil estudantes, de 15 anos, de 65 países, em literatura, matemática e ciências. Apesar do país ter atingido a média de 412 pontos em leitura no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009 - o que equivale ao nível 2 de proficiência - 49,6% dos 20 mil brasileiros avaliados estão em níveis de proficiência menores. O nível 2 é considerado como básico ou moderado pelo exame.
Levando-se em conta que em pouco mais de 5 anos eles estarão no mercado de trabalho e, culturalmente, este hábito não se desenvolve na fase adulta (o post do dia 17 de novembro divulga uma pesquisa que diz que apenas 9% dos adultos têm a leitura como fonte de entretenimento) certas habilidades humanas são comprometidas, tais como: entendimento de relações ou construção de significado por uma parte limitada do texto; tarefas que exijam reflexão e peçam que os leitores façam comparação entre diversas conexões entre o texto e o conhecimento exterior. 
Será que estas habilidades não fazem falta no nosso dia-a-dia? Será que desenvolver o hábito da boa leitura fora do horário de trabalho não teria relação direta como nossa ascensão profissional? A Drops Cultural acredita que sim.
Leia o artigo na íntegra clicando neste link

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A vida é para compartilhar (2)

Um dos primeiros posts deste blog falava de uma flash mob (mobilização relâmpago) patrocinada pela empresa telefônica T-Mobile, cujo slogan é "a vida é para compartilhar". Nela, pessoas foram convidadas a cantar Hey Jude, dos Beatles, em uma espécie de karaokê improvisado na Trafalgar Square. 

Com o mesmo pensamento, esta empresa organizou, na estação Liverpool Street do metrô de Londres, no dia 15 de janeiro de 2009, uma performance com mais de 350 dançarinos profissionais, que foi capturada por câmeras escondidas enquanto rolava uma movimentação normal no metrô.

Alguns transeuntes até dançaram juntos com os artistas convidados. Uma verdadeira resposta à intenção prevista pela T-Mobile: fazer com que as pessoas dividam coisas inesperadas e maravilhosas com as outras pessoas. Isso sem contar a visibilidade na internet, cujo video já foi visto por mais de 25 milhões de pessoas. 

Clique aqui e veja o video desta flash mob

Escritora fala sobre as limitações da "história única"

Nossas vidas, nossas culturas, são compostas por muitas histórias sobrepostas. A romancista Chimamanda Adichie adverte que se ouvirmos apenas uma história sobre outra pessoa ou país, arriscamos um desentendimento crítico.

Esta talvez seja a melhor mensagem de final de ano que eu gostaria de compartilhar com os leitores deste blog.  São reflexões para nossa vida pessoal, profissional, enfim, para nossa existência como um todo.

Clique aqui
e assista ao video.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Criatividade e Afetividade

Para quem acredita que a empresa é uma espécie de família que é regida por valores culturais, a leitura do texto abaixo é bem interessante.
"Um novo estudo feito por Craig Palmer, da Universidade do Missouri, e Katryn Coe, da Universidade do Arizona [enfatiza que] a criatividade (..)  indica o potencial que um indivíduo tem de transmitir valores culturais e criar laços com os seus descendentes. (...) A criatividade sobreviveu à seleção natural, entre outros motivos, pelo fato de possibilitar que os pais consigam lidar de forma hábil para construir laços afetivos com seus filhos e transmitir ideias e conceitos. Uma tradição pode sobreviver a várias gerações e a criatividade é a base para que elas perdurem – transformando histórias em músicas ou outras formas criativas de expressão, por exemplo. Essa é uma herança biológica que não pode deixar de ser passada adiante também e a natureza criou várias estratégias para que a criatividade perdure".
Clique aqui e leia o texto na íntegra

Convicção errada

"Espalhou-se por toda a parte, com a convicção errada de que quanto mais tempo se passar no local de trabalho, mais se produzirá. Uma idéia que remonta à oficina, à linha de montagem: ali sim, dobrando o tempo, fabricava-se o dobro de parafusos. Hoje é muito diferente, pois o que se solicita aos empregados – sobretudo se são trabalhadores intelectuais – são idéias e não parafusos. E a quantidade de idéias produzidas não é diretamente proporcional à quantidade de horas de permanência no interior de uma empresa. (...) quanto mais se permanece trancafiado na empresa, menos se recebe estímulos criativos." (pag 174)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Arte na faixa

Recentemente artistas visuais de Curitiba fizeram mais do que criar obras: eles tornaram "visíveis" as faixas de trânsito que a maioria de nós insiste em ignorar no dia-a-dia. Com o lema "Agora que você reparou, atravesse na faixa", a prefeitura da capital paranaense autorizou que fossem feitas interferências em faixas de vários cruzamentos da cidade. 

A diversidade de cores e formas quebraram a monotonia do preto e branco e surpreenderam os transeuntes. Que este exemplo fique como metáfora do que poderíamos fazer para combater o acomodamento de nossas ideias, a repetição mecânica de certos hábitos e a falta de inovação em nossa rotina. Outras informações no site Arte na Faixa  

Deixo aqui também um outro exemplo de Arte na Faixa (que não é de Curitiba, mas cujo resultado me chamou a atenção).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

78% assistem TV, 15% não fazem nada, 59% não vão ao teatro, 9% lê

Na mesma matéria publicada dia 17/11, no portal UOL (para quem desejar ler a matéria na íntegra clique aqui ) há outra passagem interessante: 

"Se tivessem mais tempo, os entrevistados disseram que procurariam,em primeiro lugar, fazer cursos (33,3%), seguido de práticas esportivas (16,1%); não fazer nada (15,1%); cuidar dos filhos, da família e da casa (13%). A realização de atividades mais próximas das práticas culturais como estudar, pesquisar e ler foi indicado por apenas 9,9% dos entrevistados; e frequentar espaços culturais e de lazer, por 7,7%. Por fim, a opção de praticar atividades artísticas foi apontada por 3,6%. 
Hoje, a maioria dos brasileiros tem como atividade cultural assistir televisão. São 78% os que afirmaram assistir televisão ou DVD todos os dias.A frequência é menor para teatro, circo e shows: 59,2% disseram nunca ir e 25,6% afirmaram ir raramente. Apenas 4,2% visitam museus e centros culturais pelo menos uma vez por mês."

Comentário 1  Acho que os números citados são suficientemente claros e enfatizam a necessidade (urgente) de ensinar as pessoas a explorarem novas possiblidades de lazer e, com isso, desenvolver com mais qualidade sua sensibilidade, intuição, criatividade, raciocínio e prazer. Um dos grandes aliados contra o tédio é ter boas respostas para a pergunta: o que eu faço quando não tenho nada para fazer? 
Comentário 2  Se na sua empresa você está com dificuldades em implantar projetos de criatividade e inovação, comece a investigar o que seus funcionários fazem durante o tempo livre...

Preço alto é principal obstáculo para acesso à cultura (???)

Reproduzo abaixo um trecho da matéria publicada dia 17/11, no portal UOL (para quem desejar ler a matéria na íntegra clique aqui ). Ao lado de cada trecho inseri alguns comentários que ressaltam a importância do treinamento para o tempo livre nos dias de hoje.

"Os preços altos são obstáculo ao acesso à oferta cultural para 71% dos entrevistados, que acreditam que esse ponto é um importante empecilho para usufruir dos bens culturais."  

Comentário: Concordo que os preços estão realmente altos para espetáculos de artistas consagrados (ou muito populares). É a velha fórmula da oferta e da procura. Se todo mundo quer ver, o ingresso vai ser proporcional a esta demanda. No entanto, cada vez mais as cidades possuem excelentes atrações alternativas que não são prestigiadas (muitas delas gratuitas). Aprender a pesquisar as opções culturais do local onde se vive amplia as possiblidades de lazer, expande nossos horizontes culturais e, ainda por cima, alivia muito o bolso no final do mês. O treinamento para o tempo livre existe para despertar o interesse por atividades culturais menos "comerciais" e, principalmente, estimular o gosto por aquilo que é novo e diferente. Lembrem-se: é à margem do que já é conhecido que encontramos novas oportunidades. É assim na vida, no trabaho e no lazer.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

8 atitudes decisivas para fazer sucesso

Saiu na Você S/A, de novembro/2010, uma matéria que aponta 8 atitudes decisivas para fazer sucesso. Destas, pelo menos duas poderiam ser trabalhadas diretamente com o desenvolvimento cultural através da arte: olhar crítico e ligação com o mundo. Reproduzo abaixo dois trechos desta reportagem.


 

sábado, 13 de novembro de 2010

Transformação e Arte (2)

Vale a pena lembrar também que a TAM, desde alguns anos atrás, chama a atenção de seus clientes para as normas de segurança no vôo com uma estratégia diferenciada: usando filmes de animação.
É praticamente impossível tirarmos os olhos do monitor de video.

Aqui está o link para um dos vários filmes que foram produzidos:
http://www.youtube.com/watch?v=mP8273pxbHw

Transformação e Arte

Um dos primeiros posts deste blog trazia as aeromoças da CEBU Pacific Air fazendo uma demostração das normas de segurança durante o vôo.

Por acaso, eu encontrei no youtube um video de como era o serviço ANTES.

Vale a pena fazer esta "sessão dupla" para compreendermos melhor o tipo de transformação que a arte (no caso a música pop e dança) pode trazer para o nosso cotidiano (seja no trabalho ou durante as horas de lazer).

ANTES http://www.youtube.com/watch?v=XSbUd9QbbDc 
DEPOIS http://www.youtube.com/watch?v=Lqh8e2KYIrU

Claro que toda transformação é sinônimo de muito trabalho. Aqui há um link que mostra os bastidores que possibilitaram esta mudança.
http://www.youtube.com/watch?v=hywfS9zcm08

E como novidade é sempre bem vinda, eu descobri que os comissários também foram treinados para dançar. Aqui está a versão masculina da coreografia. 



VERSÃO MASCULINA
http://www.youtube.com/watch?v=qyJJncQfyIk


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Arte e Mudança

Nos grandes centros do mundo todo as intervenções urbanas ganham cada vez mais espaço, destaque e, acima de tudo, respeito.
Nele Azevedo, uma artista plástica brasileira, levou seu protesto para as escadarias do Gendarmenmarkt, em Berlim. Mil esculturas de gelo, com o formato de homem, foram expostas sob o sol escaldante do verão europeu como forma de chamar a atenção contra o aquecimento global e as mudanças climáticas. Os bonecos gelados derreteram em pouco mais de 30 minutos. “Eu acredito que a arte não pode fazer muito, mas pode tocar o coração das pessoas e talvez possa mudar alguma coisa dessa forma”, comenta Nele Azevedo.
O evento faz parte de uma campanha organizada pela WWF na Alemanha. A organização apresentou hoje um estudo concluindo que as consequências causadas pela rapidez em que as calotas polares estão derretendo são muito mais graves do que anteiormente estimadas.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Criatividade e processos de criação

Para começar a semana refletindo... Fayga Ostrower, em seu livro Criatividade e Processos de Criação, diz: "A natureza criativa do homem se elabora no contexto cultural. Todo indivíduo se desenvolve em uma realidade social, em cujas necessidades e valorações culturais se moldam os próprios valores da vida. No indivíduo confrontam-se, por assim dizer, dois pólos de uma mesma relação: a sua criatividade que representa as potencialidades de um ser único, e sua criação que será a realização destas potencialidades já dentro do quadro de determinada cultura" (pág5). 
Como uma empresa se estrutura apenas com a implantação de uma cultura organizacional, o desenvolvimento de processos criativos no local de trabalho está na combinação destes dois níveis: o individual e o cultural. Criar e viver se interligam. "O homem contemporâneo, colocado diante das múltiplas funções que deve exercer, pressionado por múltiplas exigências, bombardeado por um fluxo ininterrupto  de informações contraditórias (...) sofre um processo de desintegração. Aliena-se de si, de seu trabalho, de suas possibilidades de criar e de realizar em sua vida conteúdos mais humanos." (pág6)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Adorável repugnância

O artista britânico Ben Wilson faz pinturas em miniatura em pedaços de chiclete descartados em calçadas de Londres. Ele diz que "é interessante fazer algo diferente e criativo com algo que as pessoas consideram nojento". Fica agora uma pergunta para refletirmos: o que fazemos quando nos deparamos algo repugnante em nossa rotina?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Arte, eternidade e beleza

Do livro "O Ócio Criativo", de Domenico De Masi (pág. 28 e 29)
"Há noventa mil anos criou-se esta primeira e grande consolação, que suaviza a idéia de fim definitivo. Um pouco mais recente, entre dezessete e dezoito mil anos atrás, o ser humano criou um outro consolo: adicionar à estética da natureza, à beleza de uma nuvem, ou de um poente, uma estética artificial – a arte. Dessa evolução também fazem parte a descoberta da eternidade (como compensação para a morte) e a descoberta da beleza (como compensação para a dor)."

Um labirinto de descobertas

Para incentivar a população londrina a "se perder" pelas ruas de West End e descobrir tudo o que este bairro oferece em entrenimento, gastronomia e lazer, foi construído um grande labirindo na Trafalgar Square. Neste espaço, que na mitologia tinha a intenção de desorientar quem o  percorre, os visitantes que embarcaram nesta aventura puderam descobrir promoções e convites para conhecer os lugares mais escondidos e interessantes de West End. Esta intervenção artística e inusitada, utiliza a metáfora da desorientação de modo muito original. Afinal de contas, quando nos perdemos é inevitável que façamos novas descobertas.


Veja aqui um video sobre este projeto: 
http://tvig.ig.com.br/276881/labirinto-em-plena-trafalgar-square.htm




domingo, 17 de outubro de 2010

Desligado do piloto-automático

Depoimento do escritor Moacyr Scliar, quatro vezes vencedor do Prêmio Jabuti de literatura: "A prática ajuda muito [a escrever bem e com qualidade]. Escritor tem mais que escrever, e quanto mais escrevemos, maior nossa desenvoltura. Mas devemos desconfiar da facilidade, por isso estou sempre pronto a cortar e desfazer-me de meus textos". (revista língua portuguesa, edição 59, set/2010)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Arte é feita "para todos"


Gosto muito deste comercial da Coca-Cola porque a partir de um mesmo objeto é possível encontrar várias interpretações possíveis. Esse é o trabalho do artista e do profissional que quer trabalhar com criatividade e inovação: aprender a ver aquilo que é rotineiro de outra forma. O bom é que não é preciso comprar nenhum equipamento de última geração para implementar essa mudança.

veja o video aqui http://www.youtube.com/watch?v=iduh7cH0BjM 

para quem não está muito bem do espanhol, aqui tem uma versão legendada
http://www.youtube.com/watch?v=iduh7cH0BjM

Tédio, trabalho e lazer


"O trabalho é, muitas vezes, menos entediante que o lazer, mas quem defende o trabalho como tratamento contra o tédio está confundindo a supressão temporária de um sintoma com a cura de uma doença." 
(A filosofia do tédio, de Lars Svendsen)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Imaginação em movimento

Jean-Dominique Bauby, ex-editor da revista Elle, foi acometido de uma rara paralisia: o ÚNICO movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Ele aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio e "escreve" sobre sua experiência contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.

A história acima é real e pode ser conferida tanto no livro quanto no excepcional filme de Julian Schnabel que levam o mesmo nome: O Escafandro e a Borboleta.

Para quem assistir ao filme, o diretor propõe uma "viagem" impressionante: durante os primeiros 30 minutos de projeção é como se estivéssemos enclausurados dentro do corpo do personagem. Através de um interessante uso da câmera e da manipulação do som, podemos compartilhar ou quase entender a situação em que o personagem se encontra.

sábado, 9 de outubro de 2010

Akira Kurosawa: lições do mestre

No artigo abaixo podemos ver que, para o diretor japonês Akira Kurosawa, recomeçar não é um problema. Apesar do prestigioso histórico acadêmico em artes plásticas, ele nos mostra que está disposto a experimentar novos desafios quando assume o cinema como sua forma de expressão artística. Além disso, há o comprometimento com seus projetos. Tanto que as dificuldades com financiamento não foram exatamente um empecilho. Pelo menos, através da ilustração, as ideias de seu filme ficariam registradas.
Para quem mora em (ou vai a) São Paulo, mais uma dica: veja a exposição dos desenhos de Kurosawa no Instituto Tomie Ohtake.

KUROSAWA - CRIANDO IMAGENS PARA CINEMA

QUANDO abertura em 22 de outubro, às 20h (para convidados); de ter. a dom., das 11h às 20h; até 28/11
ONDE Instituto Tomie Ohtake (av. Faria Lima, 2010, tel.0/xx/11/ 2245-1900)
QUANTO grátis 

Não tem como ir a São Paulo agora mas quer conhecer um pouco deste diretor? Sugiro começar com "Mandadayo", uma espécie de "Ao Mestre com Carinho" com olhar oriental. Depois,  veja "Sonhos". Todos estão disponíveis em DVD.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Criatividade como atributo profissional

Artigo publicado na Revista Época , nº 637, de 2 de agosto 2010.
As dicas de como ser criativo, publicadas na mesma matéria, não são surpresa para nenhum artista profissional. Mesmo que intuitivamente, todos aplicam estas ideias em sua rotina.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Música pop, dança e uma companhia aérea fazem história

A Cebu Pacific Flight (e qualquer companhia aérea ) sabe que ninguém presta atenção às instruções de segurança antes do vôo. Com a ajuda da música pop (Lady Gaga e Kate Perry) e uma coreografia inspirada, os passageiros aprovaram e aplaudiram a iniciativa. Sem contar que este video postado no youtube vai deixar a empresa ainda mais famosa.

veja o video aqui

A vida é para compartilhar e as FLASH MOBS

LIFE´S FOR SHARING (a vida é para compartilhar). Este é o lema da T-Mobile, empresa de telefonia da Inglaterra. Com o intuito de criar experiências que fossem dignas de ficar na memória, ela utilizou uma forma de expressão artística chamada de "flash mobs" para uma campanha. FLASH MOB significa "MOBilização relâmpago" e consiste em envolver repentinamente um grupo de pessoas em algum tipo de evento. Tudo começou na Trafalgar Squalquer, com a distribuição inusitada de microfones para os transeuntes.... Vejam o que aconteceu, no dia 30 de abril de 2009, clicando no link abaixo.













http://www.youtube.com/watch?v=kHdJR6iUBFM

(Reparou na quantidade de celulares exibidos neste video acima? A T-Mobile tem consciência da importância do celular na sociedade contemporânea. Tudo que é diferente, novo e criativo nós tiramos fotos, filmamos ou ligamos para contar para alguém. A vida é para compartilhar.)