segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Jardins Suspensos da Babilônia

30 pessoas, 30kg de cal, 75 flores, 15 minutos e 1 documentário. Essa é a estrutura e o resultado da intervenção urbana temporária idealizada pelo artista plástico e fotógrafo Felipe Morozini, naquela que é considerada a obra mais feia de São Paulo, o Minhocão. Com o objetivo de alegrar a paisagem urbana, o “Jardim Suspenso da Babilônia” ganhou forma numa manhã de domingo – dia em que a via é reservada aos pedestres – e já se desfez sob as rodas dos carros e gotas de chuva. Mas o registro da ação feita por Jeorge Simas é permanente e irá participar de um festival de documentários em NY, dedicado a arte de rua.

Livro do Desassosego - Fernando Pessoa

A literatura, que é a arte casada com o pensamento, e a realização sem a mácula da realidade, parece-me ser o fim para que deveria tender todo o esforço humano, se fosse verdadeiramente humano, e não uma superfluidade do animal. Creio que dizer uma coisa é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror. Os campos são mais verdes no dizer-se do que no seu verdor. As flores, se forem descritas com frases que as definam no ar da imaginação, terão cores de uma permanência que a vida celular não permite.

Mover-se é viver, dizer-se é sobreviver. Não há nada de real na vida que o não seja porque se descreveu bem. Os críticos da casa pequena soem apontar que tal poema, longamente ritmado, não quer, afinal, dizer senão que o dia está bom. Mas dizer que o dia está bom é difícil, e o dia bom, ele mesmo, passa. Temos pois que conservar o dia bom em uma memória florida e prolixa, e assim constelar de novas flores ou de novos astros os campos ou os céus da exterioridade vazia e passageira.

Tudo é o que somos, e tudo será, para os que nos seguirem na diversidade do tempo, conforme nós intensamente o houvermos imaginado, isto é, o houvermos, com a imaginação metida no corpo, verdadeiramente sido. Não creio que a história seja mais, em seu grande panorama desbotado, que um decurso de interpretações, um consenso confuso de testemunhos distraídos. O romancista é todos nós, e narramos quando vemos, porque ver é complexo como tudo.

Tenho neste momento tantos pensamentos fundamentais, tantas coisas verdadeiramente metafísicas que dizer, que me canso de repente, e decido não escrever mais, não pensar mais, mas deixar que a febre de dizer me dê sono, e eu faça festas com os olhos fechados, como a um gato, a tudo quanto poderia ter dito.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A arte da sombra

O escultor, artista plástico e designer japonês, Shigeo Fukuda, é um artista que transforma o impossível em algo plausível. Seus trabalhos ópticos não são apenas inusitados como também caracterizados pela provocação e inovação.
Fukuda criou há mais de trinta anos o seu estilo único e bem-humorado, com um poder visual impressionante. Dono de um exímio talento no uso de contradições visuais e combinações de objetos fora do vulgar, ele expressou com maestria o seu conceito de surrealismo.

Escada musical

Pode a música fazer as pessoas superarem o sedentarismo? Vejam esta experiência na Suécia.No começo ninguém usava a escada normal, sendo que cerca de 97% da população utilizava apenas a escada rolante. Então, um grupo de engenheiros realizou um novo projeto para motivar as pessoas a subirem de escada. Uma simples idéia que pode mudar uma vida, alegrar, divertir, motivando as pessoas a fazer exercícios sem mesmo notar.
Assista ao video aqui