Em suas reflexões fica claro o papel do "tempo livre" como espaço fundamental para nossa formação tanto pessoal quanto profissional. Se, em muitos casos, nosso trabalho nos força a sermos especialistas, é necessário, cada vez mais, exercitarmos nossa diferenciação quando "não temos nada para fazer". O treinamento para "aprender a filmes menos comerciais", "exercitar o contato com a arte contemporânea", mais do que ampliar os conhecimentos, nos ajuda a sair da rotina e a valorizar nossas folgas. Ouço muito a frase: "quero ir a cinema e ver um filme para não pensar". Esta é uma postura recorrente e que demosntra nossa falta de criatividade em uma das horas mais importantes da vida: a da diversão.
Abaixo reproduzo trecho da entrevista:
"Nessa globalização, nosso modo de pensar vai
mudando. Já estamos globalizados em tudo. Nossa visão está globalizada. No
mundo todo se vêem as mesmas coisas. Nossa audição também, em todo o mundo
se ouve a mesma música. Nosso paladar está globalizado: todo mundo bebe
coca-cola, todos comem hambúrguer, Até em Porto Alegre, um dos lugares com a
melhor carne do mundo, temos o McDonald’s e todos comem hambúrguer e batatas.
Assim como em Nápoles, Paris ou Tóquio.Todos os aeroportos têm o mesmo cheiro, todos os
hotéis de uma cadeia, todas as farmácias. 32 milhões de garrafas de coca-cola
são vendidas por hora no mundo. 18 milhões de hambúrgueres são consumidos.
Assim, essa globalização já está cobrindo todo o planeta. Com tudo isso, a
criatividade fica em dificuldades, isso porque a criatividade é baseada nas diferenças.
Ela nasce dos desníveis; é como a energia de uma cascata que nasce do desnível
entre as áreas alta e a baixa do rio. A criatividade precisa de um desnível"
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